A utopia da democratização do conhecimento e da distribuição de renda mais sustentável e equilibrada nunca foi tão próxima da realidade quanto nos tempos atuais. Com o poder nas mãos, ou melhor, nos mouses, milhares de pessoas, unidas através das redes sociais, desestruturaram governos, elegeram presidentes, arruinaram a imagem de grandes empresas e também criaram muitas outras.
A rede mundial de computadores é na verdade a maior ferramenta de conexão entre as pessoas da atualidade. Ao mesmo tempo em que possibilita o compartilhamento de informações úteis para o desenvolvimento da sociedade, criando incalculáveis oportunidades de desenvolvimento econômico, permite que todos nela inseridos possam ter meios acessíveis de “criar o seu lugar ao sol”, propagar as próprias ideias e obter reputação, seja por reconhecimento genuíno, seja por maquiagens criadas a partir de versões editadas de si mesmo. Lugar onde grandes e pequenas empresas podem parecer iguais.
A compreensão completa de um fenômeno como a internet é em si a verdadeira utopia. Empresas expoentes como Google e Bing foram capazes de indexar apenas a ponta do iceberg de informações armazenadas na rede até então. Diante de tal realidade podemos concluir que ao contrário das grandes empresas de petróleo, serviços financeiros, telefonia, que de certa forma conseguiam constituir monopólio, a internet é suficientemente grande demais para que apenas um pequeno grupo possa de fato se beneficiar dela.
O modelo social concebido e retroalimentado até então, mostrou-se novamente insustentável. A indústria do mundo mudou-se para a China, milhares de empregos foram substituídos por máquinas e grandes instituições financeiras temem pela perda da ignorância da população, diminuindo as possibilidades ou ao menos a intensidade da exploração das bases da população.
Neste cenário de crises cada vez maiores e mais frequentes, as ações empreendedoras ganham destaque, impulsionadas pela internet, como oportunidade e muitas vezes até mesmo como necessidade para profissionais que já não encontram mais espaço no mercado de trabalho, ou simplesmente não encontram mais motivação.
O resultado dessa combinação de fatos aguça o “instinto de sobrevivência na selva” induzindo cada vez mais pessoas a transformar necessidades de sustento em ações empreendedoras. Embora existam diversos casos no cenário do empreendedorismo brasileiro de empresas nascidas pela busca de oportunidades, a grande maioria ainda é baseada na necessidade.
Empreendedores de sucesso frequentemente difundem a ideia de que não há verdades absolutas, nem fórmulas secretas para fazer um negócio dar certo. O fato é que, para diminuir as possibilidades de fracasso, o negócio precisa habilmente combinar 3 vetores: Conhecimento, demanda e paixão.
A julgar pela dimensão “super valorizada” da educação formal, refletida como delineadora da linha de divisão social do nosso país, o conhecimento técnico provavelmente é o vetor mais fácil de se obter. Opções de aprendizado não faltam, entretanto, é interessante notar repetidos casos onde domínio sobre uma técnica por si só não traz vantagem competitiva. A reprodução de um conhecimento apenas faz com que o empreendedor se torne um pouco melhor do que a média, mas não a ponto de destacá-lo. Adicione à equação a necessidade de se pensar em produtos e serviços que tenham pessoas dispostas a pagar por eles. É nessa hora em que o marketing digital se torna peça fundamental para o desenvolvimento das empresas. Negócios que começam em planilhas de excel têm tudo para não dar certo. Dificilmente a motivação se sustenta sem paixão. É a convicção nos próprios talentos que faz o empreendedor continuar produzindo e criando, mesmo quando a conta não fecha.
Proporcionar uma visão prática e sintetizada dos vetores que mais impactam os resultados obtidos pelas pequenas e médias empresas com o marketing digital é o objetivo do conteúdo que seguirá à frente. Vamos nessa?