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Por que as redes sociais podem minar a energia do seu negócio?

As redes sociais têm um apelo magnético: elas prometem visibilidade, engajamento e a chance de “viralizar”. Mas essa busca por atenção imediata pode se tornar uma armadilha perigosa para empreendedores. Quando o foco no jogo da rede social supera a dedicação aos fundamentos do negócio, a energia e os recursos podem ser drenados sem gerar resultados consistentes.

O exemplo de Elon Musk

Elon Musk domina as redes sociais com declarações polêmicas e estratégias que atraem atenção global. No entanto, Musk usa isso como extensão de uma base sólida: suas empresas, como Tesla e SpaceX, entregam produtos inovadores e de altíssimo valor. Musk não depende das redes sociais para o sucesso dos seus negócios; ele as usa estrategicamente para amplificar suas ações reais.

Curiosamente, Musk não tem perfil no Instagram, apesar de ser extremamente ativo no X (antigo Twitter). Em entrevista a Joe Rogan, Musk explicou que decidiu abandonar o Instagram por sentir que a plataforma incentivava a vaidade e uma imagem falsa de felicidade. Ele comentou que se pegou tirando selfies para receber curtidas, o que o fez questionar o motivo de agir dessa forma. Além disso, Musk acredita que o Instagram pode gerar depressão, pois promove uma visão irreal da vida das pessoas, o que não se alinha aos seus valores e objetivos​

Fonte: Men’s Journal.

Agora, imagine tentar replicar a fórmula de Musk sem ter a mesma base sólida. A obsessão por atenção pode facilmente levar ao desgaste, com posts sensacionalistas que geram mais distração do que vendas, e seguidores que não se traduzem em clientes fiéis.

O “pão que cai”

Perfis como o “Pão que Cai” (@paocaindo_diario) se destacam no Instagram por compartilhar vídeos engraçados com uma temática simples, que é o inusitado ato de pães caindo. O perfil atrai milhares de curtidas e seguidores com conteúdo momentâneo e viral.

Embora o sucesso imediato em curtidas e compartilhamentos seja evidente, o grande desafio para perfis como o “Pão que Cai” é transformar esse engajamento em algo mais sustentável ao longo do tempo. O perfil foi criado com a proposta de explorar como o público responde a conteúdos de puro entretenimento, mas, para que o engajamento se converta em resultados duradouros, será necessário desenvolver uma estratégia de monetização ou uma construção de marca que vá além da diversão momentânea.

Nesse perfil, o autor deixa claro que a estratégia tem como objetivo “provar ao seu professor” que é possível crescer rapidamente um perfil com um conteúdo simples. No entanto, a questão permanece: vale a pena buscar apenas curtidas?

Quando o “viral” sacrifica o “essencial”

Marcas que entram nesse ciclo de seguir tendências virais podem acabar tornando-se reféns dessas modas passageiras, o que prejudica o desenvolvimento de uma proposta de valor sólida. Um bom exemplo disso é o caso da Heinz, que, ao criar um molho de massa inspirado em uma receita viral, acabou se tornando alvo de críticas, pois o trend já estava em declínio. Isso demonstrou como uma abordagem tardia e sem uma estratégia bem pensada pode alienar consumidores e enfraquecer a imagem da marca​.

Outro exemplo relevante é o caso da Absolut, que também tentou capitalizar rapidamente sobre tendências virais sem entender que esse tipo de conteúdo, por mais que gere engajamento momentâneo, não necessariamente constrói uma base sólida para uma marca no longo prazo​.

Em contraste, empresas como o Duolingo têm usado a viralidade de maneira mais estratégica, utilizando as tendências para humanizar a marca e engajar de forma divertida, mas sem perder de vista a consistência e autenticidade do seu propósito​

Este tipo de abordagem, embora voltada para o entretenimento, mantém a coerência com a identidade da marca e ajuda a construir uma base leal de seguidores.

A chave para evitar o desgaste na busca pela viralidade está em encontrar um equilíbrio entre engajamento e autenticidade. Em vez de se submeter ao impulso de produzir conteúdos apenas para agradar algoritmos, as marcas podem focar em criar mensagens e ações alinhadas com seus valores centrais, oferecendo algo genuíno e relevante para o público.

Isso não significa abandonar a criatividade ou a exploração de tendências, mas usar essas estratégias de forma estratégica, para criar uma conexão duradoura com o público, que vai além da efemeridade de um post viral.

Para construir um relacionamento de longo prazo com os consumidores, as marcas precisam se concentrar em agregar valor real, seja através de educação, entretenimento significativo ou soluções para as necessidades do seu público.

Ao fazer isso, as ações se tornam mais do que apenas “algo para agradar”. Elas passam a representar uma parte de um propósito maior, o que fortalece a fidelidade e constrói uma reputação sólida ao longo do tempo.